sexta-feira, 14 de agosto de 2009

20 anos sem Raul?

Sinceramente, não senti toda essa falta até hoje.

"Essa idolatria por Raul
Parece aquela velha opinião formada sobre tudo"
Eu Não Toco Raul - Pedra Letícia

1 ano de "Integrais & Cafeína"

No último dia 13, o blog completou seu primeiro ano de vida.
Revendo as postagens, percebi diversas mudanças, dos assuntos à linguagem utilizada.
Foram críticas, filmes, livros, além de entrevistas como a feita com o Grupo VOZ participantes do programa Astros.
Com diversos templates, muitas foram as visitas, as polêmicas, discussões,...

Infelizmente o blog ficou um tempo desativado ultimamente, mas nos próximos 365 dias o blog ainda vai trazer muitas novidades.

Aos fiéis leitores que acompanharam tantas palavras de entretenimento e muitas vezes de reclamação,
MUITO OBRIGADO!

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Por amor a Cristo...


Empresas, alto padrão de vida, emissora de TV,...
Era óbvio que tudo isso não seria mantido com pouco dinheiro.
Os noticiários nos contam uma história que não precisava nem ao menos ser contada. Aproveitando-se da fé de milhões de pessoas, um negócio lucrou quantias gigantescas de dinheiro.
Como seria possível a compra da Rede Record por religiosos? Com seus salários? Piada!
A verdade é que a confiança das pessoas tornou ricas outras mais espertas.

Não é a primeira vez que denúncias desse tipo aparecem por aí. É claro que ia continuar, já que tantos fiéis continuam CEGOS.

É tanto dinheiro arrecadado que eles possuem uma frota aérea para transportar cerca de 1,4 bilhão de reais que recebem anualmente, quase totalmente em dinheiro vivo.
Entre pessoas entrevistadas, há quem perdeu carros, móveis, além de muito, MUITO dinheiro por se sentirem obrigadas a doar tudo o que podiam para receber a bênção.
Maria Moreira de Pinto, obreira da Igreja Universal de um bairro de São Paulo, disse ter perdido R$30 mil em doações. A mulher afirmou ter presenciado inúmeras cenas de humilhação sofrida por fiéis quando eram praticamente obrigado pelos pastores a doar quantias altíssimas de dinheiro ou bens de alto valor.

Os pastores costumavam dizer que doar altas quantias eram a única forma de alcançar os objetivos, já que o dízimo, para eles, não era o suficiente.

A cara-de-pau era tão grande que até "chaves do céu" e diplomas assinados por JESUS CRISTO eram vendidos em cultos dessa falta de vergonha que chamam de Igreja Universal. Pastores chegavam a dizer que quem amasse Jesus, deveria pôr a chave do próprio carro nas sacolinhas que circulavam nos templos da sem-vergonhice.

É claro que isso não é de hoje e todo mundo já sabia.
Estamos ouvindo uma coisa que parece estar se repetindo, de tão óbvio.
O problema é que a cegueira dos fiéis não é curada de forma alguma. Se eles acreditavam nesses ladrões, eram tão explorados nos cultos e nunca fizeram nada a respeito, sinto pensar que essa gente (e outras que tiverem a ideia de ganhar dinheiro com o lucrativo negócio da fé) vão continuar ganhando seus milhões.
Ah! Vale lembrar do grande ídolo de alguns, Kaká, que só não doou os próprios filhos pra sua igreja porque ainda não teve tempo para isso. O que esperar, então, do Joãozinho e da Mariazinha, desesperados no barraquinho deles em alguma favela por aí?

E assim o povo continua sendo feito de trouxa...

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Assisti e recomendo...

As últimas madrugadas foram dedicadas aos romances.
Primeiro, o filme escolhido foi Love in the Time of Cholera (Amor nos Tempos do Cólera). Com Fernanda Montenegro, é um ótimo filme para quem gosta de conhecer o modo em que se vivia entre o fim do século XIX e o início do século XX. A pergunta, antes de sentar-se à frente do televisor é "How long would you wait for love?" (pergunte a si mesmo). O filme nos dá uma bela resposta em um bonito exemplo.


Love in the Time of Cholera é um filme estadounidense e colombiano de 2007, dirigido por Mike Newell. Um dos responsáveis pela trilha sonora é o brasileiro Antonio Pinto, e a participação da brasileira Fernanda Montenegro é ótima.




O outro é Love Story. Quase 40 anos depois, conheci uma das histórias mais bonitas (e tristes) do cinema.
Bem, creio que eu não precise contar o que acontece, já que eu devo ser a última pessoa no mundo a ter assistido.
Uma rara exceção para mim. Filmes com essa "idade" não costumam me agradar, mas dessa vez a surpresa foi boa.
A quem aprecia o gênero e ainda não conhece esses filmes, eu recomendo!
Hoje é a vez de "Never Back Down" e "Le Fabuleux Destin d'Amélie Poulain" (na verdade, de rever o segundo).
Assim que sobrar um tempo, meu comentário estará por aqui.

Depois do silêncio.

Não é novidade que muitas vezes deixo o blog um pouco abandonado por alguns dias.
Porém, essa última pausa foi longa demais, eu confesso.

Não é falta de vontade, já que manter o blog atualizado é algo que me agrada muito. O problema mesmo é o tempo.
As férias (felizmente) estão chegando, mas antes dessa calmaria a tempestade é grande. Engenharias já não tem fama de simples e a época das provas mostra o quanto isso é verdade, ainda mais se tratando de duas.
Hoje mesmo, caminhando pelos corredores entre os laboratórios das engenharias, ficava me perguntando se era isso mesmo o que eu queria. Ou seja, se eu realmente queria viver preocupado e sem tempo para quase nada.
No fim, a resposta acaba sendo "sim".
Letras pode esperar mais alguns anos e o jornalismo já não se faz necessário (onde já se viu, tanta gente passa no vestibular para jornalismo, fica QUATRO anos ligando para os amigos assinarem a chamada, fazendo festa e tomando cerveja. Agora qualquer um sem esses quatro anos de experiência, se torna jornalista?). É briiiincadeira. (Brincadeira mesmo, viu?).
Sim, essas são duas carreiras que me agradam muito fora da área das engenharias.

Bem, a conversa tomou um rumo um pouco diferente...

Nesse tempo que passou, algumas coisas interessantes aconteceram...
Sempre fã de artes marciais, lutei judô por alguns anos pela Equipe Aliança, de Santiago.
Agora (desde 16/05), sou atleta da equipe Dragões Thai, de Santa Cruz e Santa Maria, na qual pratico Muay Thai (conhecido por alguns como Boxe Tailandês).
Ninguém é de ferro, não é?! Só estudar é de matar, só fazer festa faz mal, então o esporte é a saída. Nada melhor do que fazer o que é bom para si.
Pretendo voltar a Santiago nas férias para uma visita depois de mais de um ano longe da cidade. Estou curioso para conhecer as tantas melhoras realizadas nesse último ano, já que só pude ver em fotos. Além disso, vai ser bom matar a saudade do bicho de estimação que teve que ficar por lá.
Se alguém quiser indicar algum passeio em especial na cidade, aceito sugestões.

- O blog está quase completando UM ANO de vida!
Vamos ver o que posso preparar para o grande dia.

Férias chegando, provas finais já acontecendo... Como sempre, o tempo vai continuar curto, mas farei o possível para manter o blog funcionando.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Um domingo inesquecível.

A espera foi longa, mas valeu a pena.
Depois de um bom tempo fora dos palcos, o Angra retorna em uma turnê nacional que, de quebra, ainda conta com o Sepultura, uma das mais importantes bandas do Brasil na atualidade.
Vale lembrar, também, que o Seputura está completando 25 anos de história, fato que o próprio Derrick Green, vocalista da banda, comemorou durante o show.

24 de maio, domingo.
Chegamos à Casa do Gaúcho por volta das 17h, logo depois do concurso do Ministério da Fazenda (haja ânimo pra tudo isso).
Felizmente, a fila ainda não era tão grande, considerando que os shows começariam às 20h, teoricamente.
Foram 3 horas em pé, ouvindo algumas bobagens, falando outras e ainda ouvindo, no mp3, músicas das bandas que logo estariam no palco.
Talvez pelo tempo de espera, ganhamos um presentinho: a passagem de som do Angra. Pudemos ouvir as clássicas Lisbon e Bleeding Heart durante a passagem, e já começamos a sentir o que viria logo depois.

Depois de um belo atraso e protestos na fila, os portões foram abertos e pudemos nos colocar em frente ao palco, esperando o grande momento.
Com mais de 40 minutos de atraso, a banda de abertura, Tierramystica, subiu ao palco. Depois dos chingamentos pela demora, a banda mostrou o porquê da escolha dela para a abertura do evento. Tocando algumas músicas próprias e também covers, incluindo Iron Maiden (que não é lá de minha preferência, mas agradou), a banda já fez o pessoal se mexer, mesmo com muita gente ainda do lado de fora. Felizmente, pude acompanhar bem de perto desde o começo.

Quando Tierramystica deixou o palco, não demorou muito para ouvirmos "Unfinished Allegro". Todo bom fã de Angra sabe que isso é um ótimo sinal.
Definitivamente eles estavam lá para destruir. O famoso riff inicial de Carry On levou todo mundo à loucura. Começávamos a ver de perto que uma das mais importantes bandas do metal mundial estava definitivamente de volta à ativa. Logo depois, veio Nova Era, sem dar tempo nem para respirar. Foi um sucesso atrás do outro, incluindo as inesperadas Lisbon e Bleeding Heart, sendo a segunda uma homenagem a uma fã.

Como nada é perfeito, o empurra-empurra trouxe confusão, e nada mais chato que esse tipo de coisa acontecendo quando se tem um irmão mais novo e gurias no meio do povo.
Ainda assim, foi de deixar orgulhoso ver o moleque no auge dos seus 12 anos agitando como gente grande e cantando todas no seu primeiro show de heavy metal. Como é de família, o tamanho não ajudava, então a saída era levantá-lo para que ele pudesse ver melhor :P

Foi tão bom quanto rápido. Acid Rain, Waiting Silence, Rebirth,... Ouvimos alguns dos maiores sucessos da banda, mas ainda queríamos mais.
Com muito calor e sem condições de ficarmos mais tempo sendo esmagados, tomamos a inteligentíssima decisão de sair da frente do palco e ficar ao fundo do lugar, atrás da mesa de som.
Ninguém à nossa frente e a visão completa do palco a uma distância perfeita. Se bem que dá bem para ver o Derrick com detalhes a quilômetros de distância.
Já posicionados estrategicamente, vimos o Sepultura subir ao palco, para delírio de todos no local. Mesmo quem não era fã não conseguiu ficar parado.
Começaram com músicas do CD novo, A-Lex, as quais a maioria do pessoal ainda não conhecia bem. Para muitos isso não interessava, desde que a roda punk estivesse bombando.
E foi bem assim. A maior roda punk que já vi na vida. Aí tirei a conclusão de que sair dali foi a coisa mais inteligente feita nessa noite.
Era animador, deu aquela energia, mas era bom só de olhar mesmo.
Ainda demos algumas risadas com o Derrick falando em português (melhor que meu professor de química geral e inorgânica) mas arriscando um "Puta que pariu" no meio do discurso. No mínimo, hilário. Ah! Vale lembrar do "É nóis, Mano!".
Logo depois disso, algum maluco invadiu o palco, agarrou o Derrick, que parecia ter 3 vezes o tamanho do cara.
Nunca imaginei que ia gostar tanto de um show deles, já que o motivo principal que me levou ao show foi o Angra. Mas sinceramente nunca senti nada parecido com o que eu senti ao assistir ao show do Sepultura. Incrível!
No final, tratei de acabar com o que restava da minha voz com Territory e Roots Bloody Roots. Era inacreditável aquela multidão ainda com disposição depois de tanto tempo na fila e de apresentação. A essa hora, TODOS na pista participavam da roda. Até os mais acostumados olhavam boquiabertos.
Ao fim, ainda aos gritos de "SEPULTURA, SEPULTURA, SEPULTURA...", o Angra volta ao palco e as duas bandas encerraram a noite tocando juntas.
Definitivamente, uma noite inesquecível para quem viu duas das maiores bandas do metal mundial juntas, marcando a volta do Angra e os 25 anos do Sepultura.
As imagens foram capturadas por celular, por isso a qualidade é um pouco baixa.
Na ordem, as imagens mostram:
Cartaz de divulgação do show,
Imagem do palco antes da entrada do Angra,
Tierramystica,
Eduardo Falaschi (Angra) e
Sepultura.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Chuva!

Ainda enquanto reclamava da chuva por ter que vir pra universidade em meio ao caos que ela gera em Santa Maria, me veio à mente uma música que descreve bem o momento e não saiu da minha cabeça, o que me fez até posta-la aqui...

Final de Seca - Luiz Marenco

Prás bandas do poente, ergueu-se uma barra
Calou-se a cigarra, assim de repente
E um som diferente ponteou de guitarra

Lá longe, bem longe, faísca e troveja
Silêncio de igreja com ecos de bronze
Nas preces do monge, no amém do assim seja

(Tropeando a lonjura, o tempo que berra
Farejo mais serra que o vento procura
E a chuva madura traz cheiro de terra
E a chuva madura traz cheiro de terra

O tempo desaba, o mundo se adoça
Na água que empoça, mais mansa ou mais braba
A seca se acaba e tudo remoça
A seca se acaba e tudo remoça)

Nas almas sedentas não é diferente
As barras do poente que se erguem violentas
Depois das tormentas acalmam a gente

Se as safras perdidas tivessem gargantas
Podiam ser santas da searas da vida
São tão parecidas as almas e as plantas

A seca se acaba e tudo remoça
A seca se acaba e tudo remoça

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Feira do Livro de SM já vendeu mais de 30 mil livros.


A Feira do Livro de Santa Maria continua até o dia 10 de maio e já vendeu mais de 30 mil livros nos 11 dias de feira que se passaram.
Além disso, foram lançados 85 livros, sendo 20 livros infantis e 65 diversos.
Tive pouco tempo para conferir como vão as coisas lá na praça, mas é claro que não deixei de ajudar, ainda modestamente, nesses números alcançados.
Depois de alguns minutos olhando a seção dos técnico-científicos, optei por não comprar nada relacionado a engenharia. O escolhido foi "Crepúsculo", de Stephenie Meyer, o quarto livro mais vendido nessa edição da Feira.
Ainda pretendo visitar o local pelo menos mais uma vez, para adquirir a sequência da história que comecei a ler semana passada, e claro, para presentear com o que há de mais precioso.

Visitem ;)

terça-feira, 28 de abril de 2009

Retorno em grande estilo: Bate-papo com Grupo VOZ.


Conheça o trio e ouça as músicas do Grupo VOZ em http://www.grupovoz.com.br

Há cerca de 2 anos - talvez ou pouco mais – conheci o som de três caras. Eu estava em uma reunião da banda da qual eu participava e o Marcus me mostrou um material “de uns caras de SM”, como ele mesmo disse.
Foi de imediato a vontade de ouvir mais e conhecer mais “de perto” aquele trabalho tão diferente e original.
Falo do Grupo VOZ, finalista de uma das edições do programa “Astros”, do SBT.
O grupo é formado por Gustavo Dall’Acqua, Rodrigo Londero e Vinicius Londero e baseia-se em violão, vocais e percussão.
A seriedade dos três em relação ao trabalho começa pelo fato de que todos abandonaram muito do que tinham de mais importante nas suas vidas para tentar a “sorte” nesse meio tão complicado e competitivo (hoje o grupo vive em São Paulo e disputa diversos festivais pelo país, representando nosso estado, como fizeram na TV).
Ficaram para trás um curso de medicina, outro de biologia, além de uma carreira de professor universitário de duas das mais importantes Universidades que conhecemos: ULBRA e UFSM. É de deixar qualquer um (muito) surpreso saber que o amor pela música dedicado por esse trio fez com que tudo isso fosse deixado para se dedicar ao que realmente sonhavam.
Os ex-moradores do bairro Itararé (Santa Maria) e ex-estudantes das escolas Olavo Bilac e Rômulo Zanchi estavam em estúdio, sem praticamente nenhum tempo livre, gravando, quando concederam uma entrevista interessantíssima e bem-humorada ao Integrais & Cafeína. Por falar nisso, tive o prazer de receber diretamente do Grupo uma nova música, recém-gravada. O que digo ao grupo é que ficou excepcional, mostrando que valeu a pena cada um dos tantos dias de dedicação praticamente exclusiva.
A entrevista pode ser vista no post abaixo:

Entrevista: Grupo VOZ.

[Integrais & Cafeína]Quando e como foi o início do grupo, ainda aqui no RS? Vocês começaram como as bandas daqui, que tocam nos fins de semana nos pubs de Santa Maria?
[Rodrigo Londero]
O VOZ começou diferente.

Nosso início foi bem underground. A primeira vez que tocamos fora da garagem foi em 1998, num lugar chamado “Cantina Deliciosa”, e era um pagodão. O repertório não era nada cult, incluía “dança da vassoura”, “segura o tchan” e por aí vai.
Passou aquele carnaval e preparamos um repertório diferenciado, com arranjos vocais e acústicos, e fomos pros barzinhos. Tocávamos no Absinto, Maccherone, Itaimbar, shoppings, shows na praça. Sem saber que já existia um grupo dos anos 80 com o mesmo nome, chamávamos “VivaVoz”.
A manha com os vocais nos abriu as portas no Coro de Câmara da UFSM, que era regido pela Zobeida Prestes. Nos “ligamos” no gênio dela, isso de ir a fundo, procurar perceber o que as músicas estavam comunicando, as entrelinhas, as dinâmicas.
Cantamos obras de Bach, Mendelssohn, Debussy, Janequin, Piazzolla, Rachmaninoff, entre outros. Em 1999, nos apresentamos no Chile, Bolívia, Peru, fomos a Machu Picchu, estivemos na Ilha de Urus, no meio do lago Titicaca, visitamos diversos santuários Incas. O Vinicius chegou a cantar na Patagônia. O grupo seguia, e com essas experiências, fomos despertando um lado mais místico.
Em 2002, montamos uma produtora clandestina com um amigo que tinha um equipamento de homestudio. Fissuramos estudando Fruityloops, Samplers, Vsti, fizemos uns 30 jingles, dublagens, trilhas, spots, locuções, e paramos.
Deixamos de lado os jingles, barzinhos, eu e o Gustavo saímos do coral. Houve um período cinzento e o grupo quase se desfez.
Em 2003, nos refugiamos novamente nos violões, tramando os acordes. O som estava diferente. Não sabíamos quais músicas iríamos fazer, mas tínhamos uma noção do que não queríamos. Foi aí que nasceu o VOZ.
A verdade é que eu e o Gustavo tínhamos 10, 12 anos quando começamos a tocar juntos. Nunca houve o papo “vamos montar uma banda”. Éramos nós e mais dois primos meus, o Vinicius entrou um pouco depois. Passamos boa parte da infância tirando música de ouvido, tocando nossa bateria toda feita de lata e papelão, era algo inocente e um tanto quanto nerd.
Nós não tivemos projetos paralelos aqui e ali. É raro encontrar grupos que tocam juntos há muitos anos. Hoje em dia, ninguém se aguenta muito tempo nas bandas - falta amor, persistência, e sobra ego, e, desse jeito, nada evolui.
No meio de 2005, decidimos radicalizar, focar no grupo e pegar a estrada. O VOZ era pra ser um quinteto, mas meus primos acabaram não seguindo conosco.
Preparamos um show autoral, gravamos demos, fizemos um material gráfico. Em Janeiro de 2006, apresentamos nosso show “Renovação, Revolução, Essência” em Santa Maria, no auditório da Cesma, e logo depois nos mudamos pra São Paulo, para começar do zero.

[I&C]Qual a primeira música composta pelo VOZ?
[RL]Dá pra considerar “Mira”, foi a primeira que teve a energia dos três na criação e arranjo.

[I&C]Como foi a chegada do VOZ na nova terra, quando buscavam fazer da música o trabalho de vocês?

[RL]A cidade é gigante e isso assusta um pouco. Nos primeiros dias, ficamos naquela burocracia de alugar apartamento. Com a grana curta, tivemos que optar entre geladeira ou internet rápida. Em duas semanas, já estávamos conectados e correndo atrás.
Chegamos em fevereiro e só em maio estreiamos no Sesc Consolação, após muitas tentativas. São Paulo tem um circuito disputadíssimo, não é fácil entrar, então comemoramos. O primeiro show foi trazendo os outros e a luta segue firme até hoje. Oito meses depois, compramos a geladeira.

[I&C]As dificuldades enfrentadas quando se deixa o interior do RS vão muito além do já clássico “leite-quente-que-dói-os-dente”. Qual foi a principal barreira que o grupo precisou superar ao seguir carreira longe de casa?
[RL]Foi termos que administrar tudo sozinhos no início. Tivemos que superar o fato de não termos um produtor, alguém pensando na parte de venda de shows, um técnico que conhecesse nosso som. Não sabíamos quanto cobrar, nosso mapa de palco e som continha erros, não tínhamos contatos.
Chegamos aqui com equipamentos e instrumentos amadores, sem um local nosso pra ensaiar. Hoje melhorou muito. Há uma batalha, diária e invisível, que é a construção das bases.
Nossa tática pra vencer essas dificuldades foi transformar o carinho que vem dos fãs em pressão pra trabalhar e evoluir. O VOZ não tem aquele tom popularesco apelativo, mas temos muitos fãs. E isso dá uma moral interna.
Há pessoas que viajam de longe pra ver o show. Nossos fãs são um diferencial, é um pessoal muito ligado, sensível, escreve em blogs, manda material pra rádio, participa conosco direto nos festivais. Manda e-mails, críticas, sugestões, sem frescura. Temos que “nos puxar” pra manter o nível com essa gurizada.
Quando a barreira é grande, vem a força de grupo. Isso inclui essa galera toda, essa energia chega somando e não é brincadeira, a gente aprendeu a respeitar e a valorizar muito.

[I&C]É mais do que evidente que o cenário da música no Brasil não é nada fácil, principalmente para quem não se entrega e evita fazer música puramente comercial. Vocês já sentiram vontade de, frente a tal dificuldade, deixar o sonho para trás, voltar para casa e seguir, quem sabe, outra carreira?
[RL]Não, nunca. Mesmo porque até agora só estamos crescendo, e a tendência é melhorar cada vez mais.

[I&C]E, por falar em carreira, a música é a única atividade exercida por vocês?
[RL]Sim, é a única, mas há bastante trabalho pra fazer. Tem a parte bem burocrática, registro de músicas, Ecad, OMB, contratos, escrever partituras. Também estudamos bastante a parte de estúdio, técnicas, o site é desenvolvido por nós mesmos, as imagens, e mais o lado artístico que exige bastante, desenvolvimento de projetos, arranjos, letras e músicas novas. E tem que cuidar das namoradas, isso sim que dá trabalho. (risos)

[I&C]Pelo o que pude constatar ao acompanhar o blog do grupo, “Mira” geralmente era a música escolhida para competir nos festivais pelo país. Vocês a consideram a sua “obra-prima”? Quantos festivais já foram conquistados com ela?
[RL]Não tem isso de obra-prima. “Mira” é uma música que cresceu nos festivais, pegou força. Ela tem um impacto, e a letra fala de uma revolução.

O Michel Freidenson, um dos “tops” pianistas do Brasil, foi jurado no FAMPOP - Festival de Avaré/SP e nos disse : “templários, essa música de vocês nos empurrou contra a parede”. Foi lá que o Clóvis Guerra, radialista e um dos organizadores, nos anunciou como Revelação de 2007 na Música Brasileira. Pra nós soou exagerado na hora, mas considere que já concorreram nesse festival Lenine, Zélia Duncan, Jorge Vercilo, Chico César, entre outros... acho que não havíamos percebido a dimensão do festival. Dá pra sentir o que significa essa conquista, “Mira” nos deu muito mais que prêmios.
“Vento Frio, Alma Quente” e “Girou, Febril” também são campeãs. Ao todo, participamos de 20 Festivais e conquistamos 29 prêmios como Melhor Grupo, Melhor Intérprete, Melhor Arranjo, Melhor Música, Aclamação Popular, entre outros. Com ”Mira” conquistamos 16 troféus até agora.

[I&C]Composição é realmente um forte do VOZ. Que outros artistas foram (e são) influências nessa hora? E o que costumam ouvir na hora do “relax”?
[Vinicius Londero]Milton Nascimento, Zé Ramalho, Guilherme Arantes, Mercedes Sosa, Renato Russo, grupos vocais (14 Bis, Boca Livre, Roupa Nova, Trio Esperança, Os Cariocas, Demônios da Garoa, Take 6), os irmãos Ramil (Kleiton&Kledir e Vitor Ramil), bandas que abrem vocais como Beatles, Queen, Toto... Do samba à música clássica, são muitas as influências.
Nas novas composições estamos trabalhando toques tribais, mesclando tempos em 6/8, bem inspirados nos índios do Pampa, com ritmos da Amazônia e do Nordeste. Além dos sons acústicos, estou testando um disparador de samplers e os guris estão experimentando novas sonoridades com sintetizadores controlados pelos violões.
Ultimamente tenho ouvido no “relax” um CD gospel, “Accapella Hymns”, e músicas gaúchas, como as do César Oliveira e Rogério Mello, Os Fagundes. Um disco bem legal que conhecemos faz pouco tempo é “Satolep Sambatown”, do Vitor Ramil, com o Marcos Suzano. Os guris estão ouvindo bastante Almir Sater e também R&B, John Legend, sons que o Terra Preta passou pra nós.

[I&C]O Brasil inteiro pode conferir o trabalho de vocês na TV, quando participaram do Astros, programa do SBT. Foi uma surpresa para quem já ouvia. Inclusive eu, que não acompanhava o programa, assisti, torci e indiquei aos outros que acompanhassem, sempre repetindo “esses caras são daqui!”. Qual foi o impacto dessa participação na carreira de vocês?
[RL]Participar do Astros foi bom pra nós, gerou bons contatos, movimentação na internet, novos fãs. Em todos os shows e festivais que temos participado pelo Brasil, alguém reconhece: “Grupo Voz!”
Até hoje as pessoas nos param na rua, direto. Marcou.
Na etapa classificatória do programa, os comentários foram os melhores possíveis por parte dos jurados. Já na final, ainda que tenham sido elogiados, não foram ditas mais do que algumas palavras, além do comentário “vazio” vindo do Lobão. Vocês acham que o trabalho de vocês, visivelmente superior a todos os outros apresentados naquela noite, foi pouco valorizado por uma banca que busca um som mais comercial?

Nós fomos bem valorizados, eles respeitaram o grupo.

Na final, o Thomas deu parabéns por não seguirmos modismos, o Miranda ressaltou nossa atitude e a coragem de ir lá, mostrar a cara no horário nobre da TV. O Saccomani falou da nossa competência e deu um conselho, pra gente não se levar tão a sério. E o Lobão - mesmo não sendo o tipo de som que ele mais curte - ficou ali elogiando também.
Não creio que tenha pesado essa questão de “ser ou não ser comercial”, até porque, no tipo de som que a gente faz, temos um excelente mercado pela frente, praticamente sem concorrência. A real é que “Mira” é uma música muito séria e acho que eles buscavam algo bem mais leve.

[I&C]Como eram os bastidores daquela competição? Como se relacionavam com os outros artistas e a produção do programa? Tinha como existir um clima de amizade entre quem buscava o prêmio?
[RL]O clima geral era tranquilo, há aquela fila, a galera vem de longe mesmo. E são muitas fases, alguns candidatos bem preocupados. No dia da final, ficamos na emissora quase o dia todo, entre ensaios, preparação, técnica, figurino, marcação, etc. O pessoal da produção super atencioso, fomos muito bem recebidos. Só com os jurados que nunca conversamos. Nos camarins, tivemos um relacionamento muito bom com os participantes, trocamos idéias com vários deles e também rolou muita música, fizemos uma versão de “Mantran” com o Rodrigo BeatBox. Encontramos os guris do Kiara seguido aqui em Sampa, e com o Terra Preta, nós começamos a compor um projeto juntos, rolou uma afinidade muito boa. Em breve deve sair novidade aí.

[I&C]Por fim, uma pergunta que já fiz algumas vezes, mas que com certeza muitos leitores esperam uma resposta: há alguma previsão de uma apresentação aqui na terra natal de vocês ainda em 2009?
[RL]Não, cara, infelizmente ainda não. Mas estamos muito a fim, vamos ver se conseguimos até o final do ano marcar um show aí no sul.

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Links:

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Sesc Consolação
http://www.sescsp.org.br/sesc/busca/index.cfm?UnidadesDirector=51

Michel Freidenson
http://www.michelfreidenson.com/

Site
http://www.grupovoz.com.br/

Fampop – Festival de Avaré/SP
http://www.fampop.com.br/

Lenine
http://www.lenine.com.br/

Zélia Duncan
http://www2.uol.com.br/zeliaduncan/

Jorge Vercilo
http://www.jorgevercillo.com.br/

Chico César
http://www2.uol.com.br/chicocesar/

Milton Nascimento
http://www2.uol.com.br/miltonnascimento/

Zé ramalho
http://www.zeramalho.com.br/

Guilherme Arantes
http://pt.wikipedia.org/wiki/Guilherme_Arantes

Mercedes Sosa
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mercedes_Sosa

Renato Russo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Renato_Russo

14 Bis
http://www.14bis.com.br/

Boca Livre
http://www.dicionariompb.com.br/verbete.asp?tabela=T_FORM_E&nome=Boca+Livre

Roupa Nova
http://www.roupanova.com.br/

Trio Esperança
http://www.youtube.com/watch?v=VMgCx3Vsp20&feature=related

Os Cariocas
http://www.cliquemusic.com.br/artistas/os-cariocas.asp

Demônios da Garoa
http://www.dicionariompb.com.br/verbete.asp?tabela=T_FORM_E&nome=Dem%F4nios+da+Garoa

Take6
http://www.take6.com/

Kleiton E Kledir
http://kleitonekledir.uol.com.br/

Vitor Ramil
http://www.vitorramil.com.br/

Beatles
http://pt.wikipedia.org/wiki/The_Beatles

Queen
http://pt.wikipedia.org/wiki/Queen

Toto
http://www.toto99.com/

César Oliveira E Rogério Melo
http://www.cesaroliveira.com.br/site/

os Fagundes
http://www.osfagundes.com.br/Home.html

Marcos Suzano
http://pt.wikipedia.org/wiki/Marcos_Suzano

Astros
http://www.youtube.com/watch?v=HXm3Pv1BdT8

Saccomani
http://papolog.virgula.uol.com.br/arnaldosaccomani

Lobão
http://mtv.uol.com.br/lobao/blog

Rodrigo Beat Box
http://www.youtube.com/watch?v=OuGf3sRCDzw

Kiara Rocks
http://www.bandakiara.com/

Terra Preta

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Hoje foi dia...

do alistamento.
O mais curioso foi a pergunta "Tu queres servir?".
Poxa! Como se dessem muita escolha.
Na minha mente, tocava algo tipo ...

"Eu tentei fugir
Não queria me alistar
Eu quero lutar
MAS NÃO COM ESSA FARDA!"
(Ira! - Núcleo Base)

Agora só tenho que perder alguma ou outra aula (se não prova) por conta de uma inspeção, algum juramento vazio, enfim...
Mas eu não consigo deixar de pensar. Pra que a pergunta no início da "entrevista"?

Outro dia eu falo mais sobre o assunto e expresso alguma opinião...

segunda-feira, 13 de abril de 2009

A volta dos Gigantes.

Ontem, ainda em Bento Gonçalves, andava pelo shopping quando avistei uma Roadie Crew com umas caras muito familiares. Mais de perto, pude ver melhor a capa que dizia "ANGRA - Fim do Mistério". Algo me deixou ainda mais surpreso: a presença de Ricardo Confessori na capa, junto ao grupo.
Sem pensar duas vezes, levei a revista comigo. Com um sorriso de orelha a orelha, leio a entrevista que confirmou: o Angra está de volta!

Após quase dois anos longe dos palcos, com problemas de relacionamento entre os integrantes (o que ocasionou a saída do Aquiles) e também com o empresário.
Na entrevista, a banda afirma que a saída de Aquiles Priester foi de decisão unânime, e nem o próprio baterista se mostrou interessado em consinuar com o resto do grupo. Além disso, a banda se tornou o próprio empresário.
Muita coisa também foi dita, inclusive que há possibilidade da venda do nome "Angra" por parte do empresário.
Já o Shaman, segundo Confessori, está dando uma pausa e decisões só serão tomadas mais ao fim do ano.
Agora é esperar a oportunidade de conferir, ao vivo, a volta de uma das maiores bandas da história da música Brasileira. Uma turnê nacional vai ser feita junto com o Sepultura durante esse ano, a qual passará pelas principais capitais brasileiras.

Vale a pena conferir a entrevista completa na Roadie Crew.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

terça-feira, 7 de abril de 2009

Esclarecido, então.

Sim, as duas últimas postagens foram excluídas. Não sei se quem deveria ter lido a última teve a oportunidade, já que ela ficou pouco tempo no ar.
Fiz isso porque minha página não foi feita para bate-papo e também não é beira de rio pra ficar lavando roupa suja.

Como Santiaguense, espero ainda ver minha terra evoluindo e com as pessoas certas guiando esse desenvolvimento. Quero ver responsabilidade e trabalho, não apenas gente questionando.

Se o rapaz quiser continuar a conversa, marcamos algo em um tempo livre e podemos tratar do assunto por horas. Cara a cara ou por algum meio mais dinâmico que comentários e postagens. Mas não esqueça que este mero estudante não é como boa parte do resto. Não me interessam idade, classe ou escolaridade. Sei que não estou abaixo de muita gente que acha que "tem o rei na barriga" nessa cidade.

Fora isso, peço que esses comentários venham acompanhado de sobrenome e, se possível, página pessoal, e-mail ou algo assim. Assim, dá mais credibilidade. Nada dessa coisa de "o observador", "o sabidinho" ou "o cara*** a quatro".

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Um "gancho" do Diogo Brum.

Há pouco, visitei o (interessantíssimo) blog do Diogo Brum e, de cara, me deparei com o post "Leitora é contra o asfaltamento".
Não conheço a leitora, nem vou citar o nome dela aqui. O que venho fazer é comentar as afirmações feitas e, caso ela venha a ler o que escrevi, espero que não me entenda mal.
Ela disse que o asfaltamento das ruas santiaguenses causaria um aumento na temperatura, afetaria a drenagem da água da chuva, além de ser um "convite" para as imprudências no trânsito.

De certa forma, senti que esqueceram que ainda existem engenheiros nesse mundo. Inclusive bons engenheiros. Se falta um em Santiago, vamos à procura de algum.
É pra isso que a engenharia serve: RESOLVER PROBLEMAS. Não precisamos fugir deles.
Com um bom projeto, podemos implantar um sistema de drenagem muito mais eficiente que o já existente. Já que vamos mexer, é a oportunidade de melhorar! Tem gente que é paga pra isso, lembram? Além disso, com a coleta de lixo eficiente e frequente, a principal causa dos alagamentos (no caso de um serviço bem feito, não seria mais o sistema de drenagem), que é o lixo nas ruas, estaria sendo combatida.
Quanto ao calor, não podemos deixar de considerar que as pedras dos calçamentos também são ótimas em absorver calor (como aprendemos nas aulas de físico-química e termo). Enquanto a vegetação estiver estrategicamente presente nas calçadas, esse problema seria reduzido em muitas vezes.
O professor Mário de Miranda, do Departamento de Ciências Atmosféricas da UFPB publicou um estudo a respeito da diferença de temperatura entre ruas asfaltadas e as com os tais paralelepípedos. E olha que PB sabe ser quente.
Nesse estudo, ele mostrou que a média das temperaturas possui uma diferença baixa, de pouco mais que 1°C (35,5°C para calçamento com paralelepípedos e 36,8°C para asfalto). Quando a temperatura, nesse mesmo estudo, foi medida a 1m da superfície, constatou-se que a média das temperaturas era praticamente igual.
Considerando a realidade do RS, os efeitos seriam ainda menores. Além de que poderíamos optar pelo concreto, já muito utilizado nas ruas de Porto Alegre que, por ser bem mais claro, reflete mais ainda os raios solares, tornando o ambiente ainda menos quente. Esse material é ainda melhor que as pedras hoje utilizadas nesse sentido (quem já andou por essas ruas da capital deve ter notado que são mais claras que as outras).
A tecnologia está bem avançada nessa área, basta pesquisar um pouquinho.
Sobre a imprudência, nem há muito o que comentar. Todo mundo já está de saco cheio de ouvir soluções pra isso. Santiago ainda não põe todas em prática, mas não é difícil.
Minha família hoje mora em Bento Gonçalves, onde praticamente todas as ruas são asfaltadas. As lombadas e outras medidas simples dão conta do recado. E isso que o pessoal lá adora um acelerador. Ah! E alguém já ouviu falar em calor insuportável em Bento?
Já os custos com manutenção... Bem! Se os calçamentos de Santiago fossem consertados sempre que necessários, o custo seria ainda mais elevado. O custo fica por conta dos motoristas na hora de comprar um pneu novo, trocar os amortecedores,... Pelo menos com o asfalto, os responsáveis se sentem obrigados a manter tudo em ordem. Não adianta não gastar e deixar tudo uma BOSTA (precisava).

É claro que toda evolução traz consigo algum efeito. Nem por isso vamos deixar de evoluir. Há uma classe de trabalhadores altamente preparada para esse tipo de coisa. Eles se chamam engenheiros.
Contratem um de verdade para o serviço para ver as maravilhas que ainda podem ser feitas nas ruas de Santiago.

domingo, 5 de abril de 2009

Típico GRE-NAL em Santa Maria.

Logo após o apito final, resolvi conferir o efeito do jogo nas ruas de Santa Maria. Como era de se esperar, foi uma vergonha.
Logo depois dos gritos de felicidade, foi a vez da revolta, do vandalismo, enfim...
Primeiro, conferi o movimento no calçadão. Como geralmente acontece, o pessoal lá estava tranquilo, tomando seu chimarrão, colocando o assunto em dia,...
Descendo a Bozano, não precisei chegar ao "Brahma" pra ver um grupo de cerca de 20 "pessoas" com camisetas do Grêmio perseguindo um rapaz com camiseta do Inter. Já pude ter uma idéia do nível da coisa. Deu pra notar que esperar alguma mudança nesse sentindo é besteira por aqui.
Passar na frente da distribuidora de carro? Impossível se alguém desconfiasse que o motorista era colorado. Pedras nos vidros e chutes na lataria tinha aos montes.

Felizmente a ação da PM foi rápida e eficiente.
Já na Presidente as coisas pareciam estar mais calmas (pelo menos quando eu passei por lá), mesmo com o maior número de torcedores.
No caminho entre o Brahma e a Presidente, passaram por mim pelo menos 4 viaturas da polícia e uma ambulância.

Vai ser assim toda vez que acontecer um GRE-NAL? Tantas viaturas desviadas para conter grupos de "torcedores" sem noção e as ambulâncias socorrendo vítimas de agressão por causa de uma partida de futebol que deixou alguns descontentes?

Como diria alguém mais velho (além de mim), é falta de vergonha, ocupação, sexo ou algo assim!
Talvez de uma cueca pra esfregar, uma panela pra passar um assolan ou alguém que ocupe o lugar do Tcheco na cabeça desses moleques.

Futebol também dá o que falar...

Pois é! Pela primeira vez, o futebol apareceu por aqui.
Talvez pelo fato de eu morar na "Cidade Gre-Nal", não podia deixar de fazer meu comentário.
Hoje é dia de ver os barzinhos lotados. Gremistas em uns, colorados em outros. Eu, neutro, acompanho no quarto mesmo.
No último clássico, boa parte do pessoal que acompanha o futebol por aqui, ainda não estava na cidade. Agora estamos com o ano letivo "correndo", ou seja, Santa Maria está "bombando" de torcedores fanáticos pelas ruas.

Agora resta torcer pelo bom senso e que o álcool não transforme torcedores em gladiadores, como os jornais de SM tanto noticiaram no passado.

Ah! E claro, pelo show do Valdomiro, Figueroa,...

terça-feira, 31 de março de 2009

Finalmente uma manifestação.

(Muitos) meses depois de eu ter postado minha crítica a respeito do Jornal Expresso Ilustrado, fui avisado por um leitor que o dono do tal jornal, que também é blogueiro, postou o texto na página dele e deu a rebatida já esperada.

Que o Expresso é bastante lido, não há dúvidas. Muito bom pra quem lucra com isso.
No contexto em que se encontra, não poderia ser diferente. Considerando os leitores da cidade e o fato de ser o único jornal com (um mínimo) de expressão, é de se esperar mesmo.

Quem o J.L. Ilustrado agrada lê e vai continuar lendo, é óbvio. Interesses são interesses.
Não falo isso por nada. Me criei lendo esse jornal em fila de cabeleireiro, dentista e até em casa, já que assinei por algumas semanas.
Sempre apreciei uma boa leitura, e por isso mesmo não consigo ler mais do que dois ou três textos publicados no Expresso, já que nada do que eu espero de um jornal está presente nesse.

É uma boa jogada essa coisa de jornal semanal. Tem gente em Santiago que precisa mesmo de uma semana pra ler aquelas páginas. Aliás, boa parte dos leitores, tirando a parte que tem seus interesses nessa "coisa toda", só consegue ler assim.
Posso garantir que, se o jornal passasse a ser diário, não haveria como manter mais do que alguns meses sem que fosse reformulado totalmente, começando pela seriedade e imparcialidade.
Ninguém pagaria mais para ter em suas casas esse tipo de jornal diariamente. Pra todo mundo é agradável umas asneiras de vez em quando. Nesse caso, uma vez por semana.

E posso dizer, senhor João Lemes, que não sou a única pessoa a pensar assim. Aliás, gente da área do jornalismo concordou plenamente com o que publiquei naquela crítica, até mesmo por meio de comentários.
Esse fenômeno deveria deixar de ser considerado a partir da quantidade de leitores, mas sim, da qualidade. Aí a coisa ia mudar totalmente.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Sumido (de novo)?!

Mais uma explicação de sumiço...
Dessa vez foi por uma "boa" causa. As aulas recomeçaram na Universidade e acabei de me mudar. ou seja, sem tempo e, mesmo que tivesse, sem internet no novo apartamento.
Segunda foi o dia do trote, do Brahma lotado... Terça também.
Hoje também e até sexta também.

Fazer o que, né?
Prometo que postagens interessantíssimas virão, e estão sendo preparadas desde agora.
Como estou no pc da biblioteca da UFSM, o tempo é curto e a aula de física espera.

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Mas e a tal carta...

Tenho acompanhado as últimas postagens dos blogs santiaguenses, sempre evitando algum comentário, ainda que tenha ficado indignado com certos termos usados e acusações baixas por uma das partes.
Bem, pelo menos por enquanto, não pretendo me manifestar a respeito disso. Até porque ninguém precisa de um guri "metendo o nariz" onde não lhe diz respeito.
Porém, em um post atual de um blogueiro da terrinha, pude ler uma carta enviada pelo Oracy, a respeito do caso da estátua.
Não vou entrar nos tantos assuntos e discussões que isso tem levado, mas sim, certas coisas que notei no próprio Oracy através das palavras escritas por ele...
Quem sabe, pareça uma bobagem escrever um post sobre isso, aos olhos de alguns, mas por estar de saco cheio da postura muitas vezes adotada por ele, não me contive.

Pude perceber o ponto de vista dele a respeito da estátua (e um português, no mínimo, estranho. Deve dar um trabalho e tando editar um livro do Oracy). Nota-se o desprezo do homem apenas pelo modo em que se dirige a ela ainda na primeira linha.
Em seguida, afirma que ela foi feita com material vagabundo, talvez esquecendo que aquele tipo de pedra é um dos mais utilizados para esse tipo de trabalho, justamente por sua composição e fácil modelagem.
Disse ele que o monumento parecia um "monstrengo", gordo, baixinho, com as calças amarrotadas (poderíamos ter tentado usar um ferro elétrico ali), como se fosse um mendigo. Isso tudo fora as mãos com tamanhos distintos e outras imperfeições que conseguiu notar.
Imagino que tenha perdido umas 12 horas procurando imperfeições no monumento. Vai ver, estava em férias.

Nada estranho ler essas coisas vindas desse homem. Afinal, nada que é feito pelos outros é de bom gosto. Podia notar o ar de (metido a) superior do seu Dorneles desde os meus primeiros anos de colégio, quando o velhinho "simpático" estava sempre pelos corredores da Escola da URI e fazendo caricatura dos alunos.
Depois de um tempo, ele e alguns seguidores tentaram me convencer que artista, em Santiago, é ele e ninguém mais. Bom? Só ele! Qualquer um que tentasse escrever alguma coisa na cidade estaria sempre longe de chegar aos pés do Oracy.
Eu achava engraçado, afinal, desde pequeno eu lia as obras dele e nunca vi nada especial. Imaginei que fosse puro respeito pela idade e experiência dele, nada mais. As obras inusitadas até que eu achava interessante. Afinal, eu era uma criança.

Agora eu vejo esse tipo de comentário petulante do Oracy a respeito do monumento, que fazia parte de uma das obras mais importantes já feitas em Santiago. Obra que, aliás, movimentou todo o pessoal envolvido com a cultura no município, e ainda o exaltou em diversos momentos.
Quem sabe essa indignação seja porque essa obra fez que os santiaguenses lembrassem que o Oracy não foi a única pessoa a fazer poesia por lá, sendo, comparado aos grandes escritores que já viveram na cidade, apenas mais um. E, me desculpem, longe de estar entre os mais importantes.
A presença dele, os livros publicados e um relativo respeito, pelo o que eu notei, se fez mais pelas amizades que pelo talento.
Não teria ele, pilotando sua bicicletinha, atropelado a estátua, por pura indignação por não terem usado os conhecimentos que ele (e só ele) passou a todos os santiaguenses a respeito das artes na tal escultura?

Mas, voltando à descrição da estátua, feita pelo Oracy...
Já que ninguém mais em santiago entende de artes, inclusive de estátuas, eu sugiro que ele ponha a mão na massa! Realmente espero que ele pare de colocar defeito em tudo o que os outros fazem, como quem diz "Eu e que entendo disso" e vá fazer alguma coisa pra melhorar. Esse tipo de comentário não ajuda em (desculpe) merda nenhuma! Ainda mais se ditos em uma carta a alguém que também não iria fazer nada a respeito.

Deem a ele o mármore mais resistente e ele vai fazer o novo monumento com perfeição. E eu quero ser o primeiro a ver o resultado!

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Obra com madeira de lei da Amazônia é alvo de disputa judicial nos EUA

Fonte: Globo Amazônia

Ipê brasileiro deve ser usado em piso de calçadão em Nova Jersey. Ambientalistas organizaram campanha contra compra do material.

O uso de madeira de lei brasileira na reforma do calçadão de Ocean City, balneário do estado de Nova Jersey, é o centro de uma disputa judicial entre a prefeitura da cidade e uma empresa que vende o material nos EUA.

Ambientalistas locais articularam uma corrente de e-mails contra o uso da madeira e afirmam ter conseguido o envio de mais de 100 mil e-mails à administração pública local. A confusão começou em 2007, quando Ocean City resolveu comprar ipê brasileiro para consertar um quarteirão do seu calçadão de madeira que fica na beira da praia. A área de pedestres de 4 quilômetros de extensão é uma das principais atrações turísticas do local.

Ambientalistas se mobilizaram e protestaram contra o uso de ipê brasileiro, já que havia uma resolução de 1997 da prefeitura para não usar mais madeira de florestas tropicais no piso do calçadão, como informa a agência Associated Press.
Em 2008, o conselho local (câmara de vereadores) deu prazo até 15 de outubro para receber as tábuas da fornecedora Grasmick Lumber Company. A entrega estava atrasada. Como a encomenda não foi entregue integralmente, a prefeitura de Ocean City resolveu cancelar o contrato com a madeireira e foi processada.

Nesta quinta-feira (26), os vereadores da cidade decidiram fazer um acordo com a empresa, estabelecendo que cerca de um quarto da reforma será feita com ipê. Para o restante, será usado um pinheiro norte-americano.

De acordo com a ambientalista Rhonda Van Wingerden, que ajudou a organizar o movimento contra o uso do ipê, os vereadores resolveram fixar a data de 15 de outubro para quebra de contrato porque havia pressão, inclusive de comerciantes locais, para que o material fosse usado.

Rhonda disse que para a reforma seria necessário ipê suficiente para cobrir cerca de 4 mil metros quadrados. A Grasmick Lumber, no entanto, entregou menos de 10% do total encomendado. Embora seja madeira declaradamente certificada (legal), parte dela não tem o selo que comprova a origem, afirmou a ambientalista. “Não há garantia, mesmo sendo certificada, de que a madeira foi extraída de forma sustentável”, acrescentou.

O diretor financeiro da Grasmick Lumber, Ron Leubecker, disse ao Globo Amazônia que a empresa não comentará mais o caso.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Rapidinhas da Zero.

Dom Aldo Pagotto, arcebispo de João Pessoa (PB), proibiu o padre (e deputado) Luiz Couto de exercer qualquer atividade relacionada ao sacerdócio. Tudo porque ele declarou, em uma entrevista, ser contra o celibato e a intolerância a homossexuais, além de defender o uso de preservativos.
O arcebispo se dizia obrigado a suspender o padre. Mais uma demonstração de que a Igreja prega, antes de mais nada, a intolerância, o preconceito e a ignorância.

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Os números do carnaval (espero que com muita camisinha e liberdade entre os "iguais") são positivos quando o assunto é trânsito. O RS teve o carnaval menos violento desde 2004, com 13 mortos nas estradas federais, estaduais e nas cidades.

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Poucas horas depois de as fantasias entrarem na máquina de lavar, as escolas gaúchas começaram a retomar suas atividades para o ano letivo. Ontem foi a vez das escolas particulares, e as demais devem voltar até dia 4 de março.

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Com lançamento previsto para abril por aqui, o novo CD da banda gaúcha de heavy metal Hibria, intitulado The Skull Collectors, figura entre os cinco mais procurados no Japão, competindo com o (péssimo) Chinese Democracy, dos velhotes do Guns. Além disso, há uma turnê prevista para esse ano pras bandas de lá.

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Com o objetivo de arrecadar dinheiro para a fundação de David Lynch, os remanescentes dos Beatles, Paul e Ringo, tocarão juntos em abril, no Radio City Music Hall, em Nova York.

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E o Grêmio...

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

E o vandalismo na Terra dos Poetas...


Hoje, ao abrir a página do Froilam, me deparei com uma notícia, no mínimo, revoltante.
A Rua dos Poetas, que renovou Santiago, elevando (e muito) o nível do centro da cidade pela sofisticação da obra, já sofre nas mãos dos vândalos que simplesmente ignoram a importância da Rua para toda a população.
Como pode ainda existir gente com uma mente tão pequena e irresponsável?

Resta minha indignação e vergonha por parte dessa gente sem consideração e respeito pela própria terra. Verdadeiros bandidos!
Depois de muito tempo sem passar por Santiago, estive por fora de muitos acontecimentos, inclusive esse. Só soube disso há poucas horas.
Então, Froilam, o silêncio dos blogueiros a respeito disso acaba por aqui. Muito bom teres lembrado e protestado contra essa aparente despreocupação.

Desculpem, mas não há como evitar pensar...
..marginal é marginal.

Prévia.

O assunto "música" anda um pouco longe das postagens do blog ultimamente.
Pra quem sentiu falta, uma (ótima) novidade: Em breve, postarei um bate-papo que tive com o pessoal do Grupo VOZ, um trio de músicos excepcionais que, além de conquistarem diversos festivais pelo país com suas composições, participaram recentemente do programa "Astros" do SBT.

Aguardem. Logo estará aqui no blog esse bate-papo para vocês acompanharem.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Fenavinho 2009

A serra gaúcha está movimentada. A já tradicional Fenavinho, que acontece em Bento Gonçalves, começou em 30 de janeiro e termina dia 24 de fevereiro.
São os últimos dias dessa festa, onde podem ser encontrados produtos dos mais diversos gêneros, além de ótimas opções de lazer.

Horários:
Horários de Visitação
Sextas-feiras, das 18 às 22 horas
Sabádos, das 10 às 22 horas
Domingos, das 10 às 20 horas
Segunda de Carnaval (23/02), das 10 às 22 horas
Terça de Carnaval (24/02), das 10 às 20 horasValor: R$ 5,00 p/ pessoa.
Espetáculos Cênicos
"Ópera Popular do Vinho"
Horário: 20hDias: 20/02 (sexta), 21/02 (sábado), 22/02 (domingo) e 23/02 (segunda de carnaval).

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Lá e cá.

Aqui, abrem as pernas, puxam o saco...
facilitam, dão o "jeitinho brasileiro" pra não desagradar...
as mulatas sentam no colo enquanto uma escola de samba inteira é movimentada para fazer um agrado ao visitante.

Lá, espancam, cortam, marcam, expulsam, humilham...
o mesmo povo hospitaleiro e puxa-saco.

sábado, 31 de janeiro de 2009

Situação - Vida/blog.

Depois de um bom tempo, estou de volta ao blog.
Tanta ausência tem uma explicação. Depois de um ano de estudo (e quanto estudo), estou aproveitando ao máximo meus meses de folga em Pinhal.
Naada melhor que curtir uma prainha de água marrom e congelante. Dentro de casa, claro.
Mas mesmo assim está valendo o isolamento do resto todo.
Passeios de barco, Acqua Lokos, corridinhas, cama,...
É só o que tem feito parte dos meus dias.

Justificada minha ausência, convido todos a comemorar comigo mais uma conquista: minha aprovação no vestibular 2009 da UFSM, para Engenharia Mecânica.
Sim! Se uma engenharia parecia pouco, agora vou ter diversão para as 24 horas do dia: muito estudo.
Duas engenharias com aprovação em dois anos seguidos é o que há!

Meus comentários em outros blogs também diminuiram por conta das férias, mas em breve tudo volta ao normal.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Blindness.

Eu queria ver se a mansão do casal possui algum risco de desabar. Queria mesmo. Eles dizem que estava tudo em ordem, que não havia riscos. Vistorias foram feitas, e as melhorias recomendadas, também realizadas.
Então um “templo” desaba sobre dezenas de fiéis quando tudo está em perfeito estado? Estranho! No mínimo, estranho!
De quem é a culpa?
Teria sido a tal “Vontade de Deus”, a qual muitos usam para justificar sempre os acontecimentos e erros mais grotescos?
Teria ele feito isso com tanta gente que, cegamente, doava a própria alma por Ele (e a tal megaempresa Renascer)?
Quem sabe, era vingança por algum atraso no dízimo.
Se foi obra Dele, pode ter sido para tentar, da pior maneira, abrir os olhos de tanta gente que se nega a enxergar que são feitos de idiotas por algumas pessoas que usam a figura de Deus para conquistar suas fortunas.
Afinal, por que um casal de santas pessoas, donas de uma igreja, fazia dentro de cadeias? Quanta injustiça, não?
O pior não era isso. Triste mesmo era ver o rebanho de cegos aqui no Brasil defendendo a quadrilha que usava o dinheiro dos fiéis indevidamente.
Essa gente doou horas (ou até mesmo dias) do seu trabalho para manter as festas, a mansão, as viagens, os carrões e tantas outras sem-vergonhices do casal. E ainda achavam que faziam grande coisa. Não passam de um rebanho de trouxas que apóiam a falta de caráter e a exploração, ainda por cima, usando o nome de Deus.
Nos tantos cultos de “desencapetamento”, choraram, gritaram, pediram aos berros que o demônio saísse de dentro de seus corpos. Indiretamente, chamaram Deus de surdo, pagaram sua contribuição ao casal e voltaram mais leves para suas casas.
Atribuíam ao pastor a paz encontrada por eles mesmos no culto de momentos antes. As notas de um, dois, cinqüenta, cem reais, o troféu de melhor jogador do mundo, significavam, para alguns dos mais crentes, a garantia de seu lugarzinho no céu, como uma rica pessoa que contribuía com a igreja e mantinha sua fé em dia.
Rico mesmo ficou o casal que explorou e cegou tanta gente. E esse pessoal todo ainda se orgulha de ser feito de idiotas e não pretendem abrir os olhos para a situação vergonhosa de corrupção que eles financiam.
A prova de que o dinheiro que fora doado por eles só serve para o bem de exploradores foi dada agora, quando pessoas morreram enquanto cultuavam cegamente a falta de caráter e consideração pela fé de um povo.

Nada mais fácil que enganar o povo. Se acabarmos sentindo que vamos morrer de fome, é só apelar e montar um puteiro. Ou uma igreja.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Vestibular da UFSM na reta final.

Hoje foi o terceiro dos quatro dias do vestibular da "Federal de Santa Maria".
A comissão nos presenteou com mais uma prova relativamente acessível, assim como nos outros dois dias (imagino para quem estudou).
O último dia de provas objetivas conteve física, português, língua estrangeira e as tais cinco questões de filosofia.
Com um grau de dificuldade um pouco além do de costume, a prova de inglês surpreendeu boa parte dos vestibulandos hoje. Filosofia também deu uma "apertada" na prova de hoje.
Já na física, muitos conceitos básicos, e a língua portuguesa, super acessível.
Deixando de lado os atendimentos médicos aos candidatos que precisaram de socorro (boa parte devido ao consumo de álcool), tudo correu bem nos três dias de provas objetivas.

Agora é só esperar os pontos de corte e saber quem faz a redação amanhã.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

É vestibular!

Amanhã, dia 13, começam as provas do vestibular da Universidade Federal de Santa Maria.
A primeira prova começará às 8h e conterá questões de matemática, química, filosofia e literatura.
Hoje, no famoso "aulão" dos pré-vestibulares, pude perceber a dimensão de tudo isso. O ginásio do clube Dores estava lotado de vestibulandos, que acompanharam quase 5 horas de aulas de revisão.
Como sofrimento pouco é bobagem, vou fazer a prova também, já que me inscrevi para o curso de engenharia mecânica. Nada melhor do que levar duas engenharias ao mesmo tempo.
Ou nada pior.

Vale lembrar que o "ingresso" para os aulões era um kg de alimento, o que resultou em quase 3 toneladas de donativos para o Mesa Brasil (SescRS).
Esses dados são dos aulões promovidos pelo Riachuelo, em conjunto com o Master.
Aos candidatos (incluindo o pessoal que mora comigo e está com os nervos a mil) uma boa prova ;D

A cada dia, tentarei trazer informações sobre o vestibular 2009 da UFSM.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Freddie Mercury é eleito o "Deus do Rock".

Pesquisa de site elege o ex-vocalista do Queen a figura mais importante da história do rock.
Uma pesquisa que ouviu cerca de 4 mil pessoas foi feita pelo site Onepoll, a qual elegeu o eterno vocalista do Queen, Freddie Mercury, o Deus do Rock.
Deixando até mesmo Elvis Presley para trás, só confirmou-se agora quem realmente fica na história como o maior de todos no cenário do rock mundial.
Pra mim, não foi uma grande surpresa, já que até hoje a voz desse grande mestre serve de inspiração para a nova geração, e não apenas no rock. Freddie é universal.
Foi decepcionante ver, entre os 20 primeiros indicados, nomes como Kurt Cobain, Slash e Axl Rose, já que são insignificantes frente a mestres como Freddie, Mick e Jimmy Page. Quanto ao talento do trio que "entrou de gaiato" na história, não preciso nem comentar, não é?
Nascido em Zanzibar no ano de 1946, o músico, cujo nome verdadeiro era Farokh Bommi Bulsara, fundou o Queen em 1970, junto com Roger Taylor e Bryan May (também na lista dos "Deuses"), unindo-se posteriormente a John Deacon.
Em 21 anos com o Queen, Freddie gravou 18 discos, que venderam a absurda quantia de 300 milhões de cópias!
A voz, silenciada em 1991 (broncopneumonia induzida pelo vírus HIV), será eternizada pelas novas gerações que souberem o que é música e músico de verdade.
Elvis que me desculpe, mas agora foi confirmado...
Freddie Mercury não morreu!

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Meia Amazônia NÃO! - Projeto de lei quer reduzir Amazônia legal.

Vendo a preservação da Floresta Amazônica como um impecílio para o crescimento do país, governantes pretendem reduzir área da Amazônia legal.

A situação fica cada vez mais complicada para a Amazônia, quando diversos órgãos lutam pela preservação da nossa floresta e, ao mesmo tempo, o governo brasileiro considera manter a mata perda de tempo e uma pedra no caminho do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Prevendo mudanças, tramita no senado um projeto de lei prevendo a exclusão de vastas áreas hoje consideradas de preservação ambiental.
Tal projeto foi apresentado pelo então senador Jonas Pinheiro, e prevê redução para 50% da área original da floresta. Grandes áreas de Mato Grosso, Tocantins e Maranhão estão entre as excluídas.

É claro que uma decisão tão inconsequente só poderia partir de governantes daquela região, desde os senadores que votam aos governadores, que apóiam, a favor do "crescimento" do seu estado. Agora eu me pergunto: eles estão preocupados com o crescimento do estado ou das suas áreas de plantio e criação de gado em seus imensos latifúndios particulares?
E a palhaçada não acaba aí. A área preservada de mata em uma propriedade pode ser reduzida a até 30% da original, caso o proprietário siga algumas normas, as quais obviamente não serão fiscalizadas.

Estamos vendo a Amazônia sendo "tomada" de nós por outras nações, que justificam tal ato com a falta de cuidado do governo brasileiro em relação à floresta. Que direito temos de reclamar? Corremos no sentido contrário, buscando um crescimento sem planejamento algum, largado nas mãos de latifundiários que só entendem das suas vacas a responsabilidade de desenvolver um estado e derrubando a mata sem praticamente nenhuma fiscalização, através, principalmente, de queimadas.
Que controle teremos sobre isso?
Veremos metade da nossa floresta desaparecer da noite para o dia com o consentimento de quem deveria defende-la a qualquer custo! Isso no começo, já que, depois de ter o dedo, os fazendeiros buscarão o braço, derrubando mais alguns quilômetros quadrados de árvores nativas.

E quem disse que a agropecuária vai trazer o crescimento que precisamos? Ao que me consta, produção primária não cabe mais a um país que busca um espaço entre as potências mundiais! Enquanto poderíamos investir em indústrias, vamos investir em derrubada da nossa floresta, substituindo-a por soja e pasto. Quem sabe a gente lucre alguns milhões com a venda da madeira, os políticos dividam entre si e a coisa fique por aí mesmo?!
É realmente tentador para aquela quadrilha.

E as árvores em extinção? E os animais? Simplesmente vamos deixar que toda a fauna que habita 50% da Amazônia morra queimada, de fome ou caçada pelos fazendeiros?
Quando as coisas parecem estar tomando um rumo certo, sinto como se meu país estivesse sendo governado por um grupo de pré-adolescentes.
Claro que vamos ouvir a conversa: "foram feitas pesquisas, há consentimento de estudiosos a respeito e blá blá blá..."
Mais uma piada.
Nunca um ato dessa amplitude ficará sem graves consequências! Animais morrerão, o clima sofrerá ainda mais alterações. O equilíbrio será mais uma vez (muito) afetado.

Enquanto isso, cruzamos nossos braços e assistimos ao brilhante espetáculo apresentado no nosso circo dos horrores e da ignorância. Que poder tem o Juquinha do interior do Rio Grande do Sul frente a tanta gente poderosa e ambiciosa?
Desenvolvimento, SIM! (mas NÃO a qualquer custo!)

Movimento "Meia Amazônia Não".

Qualquer pessoa pode ajudar na luta contra esse absurdo. O movimento mais forte em relação a isso chama-se "Meia Amazônia Não", e possui uma página na internet, onde todos podemos assinar um manifesto contra a redução da Amazônia legal, além de enviar para outras pessoas a idéia, levando adiante essa corrente.

Ao leitor do Integrais & Cafeína, faço meu apelo. Assina! É muito rápido e fácil. Basta ter em mãos o teu RG.

O site do movimento é http://www.meiaamazonianao.org.br/


Diego Neves.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Em dois anos, artistas conseguem 1,1 milhão de assinaturas pela Amazônia

Abaixo-assinado pede cumprimento de leis de proteção à floresta. Movimento é liderado por Christiane Torloni e Victor Fasano.

Ao completar dois anos no início de 2009, o movimento Amazônia para Sempre – liderado pelos atores Christiane Torloni e Victor Fasano – comemora a participação de 1.106.248 pessoas em seu abaixo-assinado. O documento pede o cumprimento do artigo 225 da Constituição, que elege a Amazônia como patrimônio nacional e diz que é dever do governo e da sociedade mantê-la para as gerações futuras.
Desde quando o abaixo-assinado completou um milhão de assinaturas, os organizadores tentam entregá-lo em mãos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Já pedimos uma audiência há meses, mas não é uma coisa fácil ser recebida pelo Presidente da República”, explicou Torloni ao Globo Amazônia. Outra ação planejada pelos atores para chamar a atenção do governo é fazer uma vigília no Senado, passando uma noite no plenário. “Temos uma satisfação a dar para as pessoas que assinaram”, afirma a atriz.

Engajamento

Segundo Torloni, a idéia de lançar o movimento apareceu quando ela e Fasano participaram da minissérie Amazônia, que foi filmada no Amazonas e no Acre e contou a história de Chico Mendes. “Vivemos dois meses no Acre vendo desmatamento. [Por causa das queimadas] havia uma hora em que você não via nem luz do sol. Pensamos que alguma coisa deveria ser feita.”

Escrito pelo ator Juca de Oliveira, o abaixo-assinado conseguiu a adesão de grandes personalidades do mundo político e artístico. “Há uma relação maravilhosa com políticos, intelectuais, Academia Brasileira de Letras... Temos de Gisele Bündchen a Fernando Henrique Cardoso. Pelé assinou no final do ano e Roberto Carlos assinará no começo deste ano”, conta a atriz.

Pela internet

A maior parte das pessoas que se juntaram ao Amazônia para Sempre o fizeram pela internet. A adesão ao abaixo-assinado pode ser feita no site do movimento: www.amazoniaparasempre.com.br. Para que a assinatura seja válida, é necessário fornecer o número do RG, CPF ou título de eleitor.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

E agora, como escrevo?

Cerca de 0,5% do nosso vocabulário é alterado para "uniformizar" a língua portuguesa.
Mudanças geralmente são positivas, mas dessa vez não parece ser assim.
Um número inestimável de publicações se tornarão desatualizadas, o ensino deve mudar e a beleza que eu via no nosso "brasileirês" já não vai ser a mesma.

Tanto trabalho para reformular a língua portuguesa me parece desnecessário. Se alguém vê a língua que falamos e escrevemos como a vulgarização do português, este, sim, é vulgar e sem visão.
Será mesmo que precisamos dessa uniformidade? Os benefícios serão realmente significativos? Quem sabe, considerar que uma das coisas mais preciosas que temos é o nosso idioma como ele é, fizesse com que ele continuasse intacto como um idioma à parte, único. O tal "brasileirês". Se, até hoje, com essa diferenças que consideravam um impecílio tão grande, não tivemos grandes problemas, pra que todo esse problema sendo inventado?
Ainda com essas mudanças, o meu idioma vai continuar intacto, pelo menos até que eu me convença de que essa reforma vale a pena. Afinal, como a linguagem dos números jamais vai ser mudada, posso postar aqui como eu bem entender, sem prejuízo algum.