terça-feira, 12 de maio de 2009

Chuva!

Ainda enquanto reclamava da chuva por ter que vir pra universidade em meio ao caos que ela gera em Santa Maria, me veio à mente uma música que descreve bem o momento e não saiu da minha cabeça, o que me fez até posta-la aqui...

Final de Seca - Luiz Marenco

Prás bandas do poente, ergueu-se uma barra
Calou-se a cigarra, assim de repente
E um som diferente ponteou de guitarra

Lá longe, bem longe, faísca e troveja
Silêncio de igreja com ecos de bronze
Nas preces do monge, no amém do assim seja

(Tropeando a lonjura, o tempo que berra
Farejo mais serra que o vento procura
E a chuva madura traz cheiro de terra
E a chuva madura traz cheiro de terra

O tempo desaba, o mundo se adoça
Na água que empoça, mais mansa ou mais braba
A seca se acaba e tudo remoça
A seca se acaba e tudo remoça)

Nas almas sedentas não é diferente
As barras do poente que se erguem violentas
Depois das tormentas acalmam a gente

Se as safras perdidas tivessem gargantas
Podiam ser santas da searas da vida
São tão parecidas as almas e as plantas

A seca se acaba e tudo remoça
A seca se acaba e tudo remoça

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