terça-feira, 26 de maio de 2009

Um domingo inesquecível.

A espera foi longa, mas valeu a pena.
Depois de um bom tempo fora dos palcos, o Angra retorna em uma turnê nacional que, de quebra, ainda conta com o Sepultura, uma das mais importantes bandas do Brasil na atualidade.
Vale lembrar, também, que o Seputura está completando 25 anos de história, fato que o próprio Derrick Green, vocalista da banda, comemorou durante o show.

24 de maio, domingo.
Chegamos à Casa do Gaúcho por volta das 17h, logo depois do concurso do Ministério da Fazenda (haja ânimo pra tudo isso).
Felizmente, a fila ainda não era tão grande, considerando que os shows começariam às 20h, teoricamente.
Foram 3 horas em pé, ouvindo algumas bobagens, falando outras e ainda ouvindo, no mp3, músicas das bandas que logo estariam no palco.
Talvez pelo tempo de espera, ganhamos um presentinho: a passagem de som do Angra. Pudemos ouvir as clássicas Lisbon e Bleeding Heart durante a passagem, e já começamos a sentir o que viria logo depois.

Depois de um belo atraso e protestos na fila, os portões foram abertos e pudemos nos colocar em frente ao palco, esperando o grande momento.
Com mais de 40 minutos de atraso, a banda de abertura, Tierramystica, subiu ao palco. Depois dos chingamentos pela demora, a banda mostrou o porquê da escolha dela para a abertura do evento. Tocando algumas músicas próprias e também covers, incluindo Iron Maiden (que não é lá de minha preferência, mas agradou), a banda já fez o pessoal se mexer, mesmo com muita gente ainda do lado de fora. Felizmente, pude acompanhar bem de perto desde o começo.

Quando Tierramystica deixou o palco, não demorou muito para ouvirmos "Unfinished Allegro". Todo bom fã de Angra sabe que isso é um ótimo sinal.
Definitivamente eles estavam lá para destruir. O famoso riff inicial de Carry On levou todo mundo à loucura. Começávamos a ver de perto que uma das mais importantes bandas do metal mundial estava definitivamente de volta à ativa. Logo depois, veio Nova Era, sem dar tempo nem para respirar. Foi um sucesso atrás do outro, incluindo as inesperadas Lisbon e Bleeding Heart, sendo a segunda uma homenagem a uma fã.

Como nada é perfeito, o empurra-empurra trouxe confusão, e nada mais chato que esse tipo de coisa acontecendo quando se tem um irmão mais novo e gurias no meio do povo.
Ainda assim, foi de deixar orgulhoso ver o moleque no auge dos seus 12 anos agitando como gente grande e cantando todas no seu primeiro show de heavy metal. Como é de família, o tamanho não ajudava, então a saída era levantá-lo para que ele pudesse ver melhor :P

Foi tão bom quanto rápido. Acid Rain, Waiting Silence, Rebirth,... Ouvimos alguns dos maiores sucessos da banda, mas ainda queríamos mais.
Com muito calor e sem condições de ficarmos mais tempo sendo esmagados, tomamos a inteligentíssima decisão de sair da frente do palco e ficar ao fundo do lugar, atrás da mesa de som.
Ninguém à nossa frente e a visão completa do palco a uma distância perfeita. Se bem que dá bem para ver o Derrick com detalhes a quilômetros de distância.
Já posicionados estrategicamente, vimos o Sepultura subir ao palco, para delírio de todos no local. Mesmo quem não era fã não conseguiu ficar parado.
Começaram com músicas do CD novo, A-Lex, as quais a maioria do pessoal ainda não conhecia bem. Para muitos isso não interessava, desde que a roda punk estivesse bombando.
E foi bem assim. A maior roda punk que já vi na vida. Aí tirei a conclusão de que sair dali foi a coisa mais inteligente feita nessa noite.
Era animador, deu aquela energia, mas era bom só de olhar mesmo.
Ainda demos algumas risadas com o Derrick falando em português (melhor que meu professor de química geral e inorgânica) mas arriscando um "Puta que pariu" no meio do discurso. No mínimo, hilário. Ah! Vale lembrar do "É nóis, Mano!".
Logo depois disso, algum maluco invadiu o palco, agarrou o Derrick, que parecia ter 3 vezes o tamanho do cara.
Nunca imaginei que ia gostar tanto de um show deles, já que o motivo principal que me levou ao show foi o Angra. Mas sinceramente nunca senti nada parecido com o que eu senti ao assistir ao show do Sepultura. Incrível!
No final, tratei de acabar com o que restava da minha voz com Territory e Roots Bloody Roots. Era inacreditável aquela multidão ainda com disposição depois de tanto tempo na fila e de apresentação. A essa hora, TODOS na pista participavam da roda. Até os mais acostumados olhavam boquiabertos.
Ao fim, ainda aos gritos de "SEPULTURA, SEPULTURA, SEPULTURA...", o Angra volta ao palco e as duas bandas encerraram a noite tocando juntas.
Definitivamente, uma noite inesquecível para quem viu duas das maiores bandas do metal mundial juntas, marcando a volta do Angra e os 25 anos do Sepultura.
As imagens foram capturadas por celular, por isso a qualidade é um pouco baixa.
Na ordem, as imagens mostram:
Cartaz de divulgação do show,
Imagem do palco antes da entrada do Angra,
Tierramystica,
Eduardo Falaschi (Angra) e
Sepultura.

Um comentário:

chris disse...

Não que o sepultura seja uma das mair importantes agora.
A banda já foi bem maior na primeira metade nos anos 80, o maior expoente e o precurssor máximo de maior repercussão no exterior, até hoje o beneath the reamains é citado em documentários mundo afora como uns dos precurssores do thrash/death.
Hoje a banda não é mais a mesma.
Mas ai vai do gosto.

abraço!