terça-feira, 28 de abril de 2009

Retorno em grande estilo: Bate-papo com Grupo VOZ.


Conheça o trio e ouça as músicas do Grupo VOZ em http://www.grupovoz.com.br

Há cerca de 2 anos - talvez ou pouco mais – conheci o som de três caras. Eu estava em uma reunião da banda da qual eu participava e o Marcus me mostrou um material “de uns caras de SM”, como ele mesmo disse.
Foi de imediato a vontade de ouvir mais e conhecer mais “de perto” aquele trabalho tão diferente e original.
Falo do Grupo VOZ, finalista de uma das edições do programa “Astros”, do SBT.
O grupo é formado por Gustavo Dall’Acqua, Rodrigo Londero e Vinicius Londero e baseia-se em violão, vocais e percussão.
A seriedade dos três em relação ao trabalho começa pelo fato de que todos abandonaram muito do que tinham de mais importante nas suas vidas para tentar a “sorte” nesse meio tão complicado e competitivo (hoje o grupo vive em São Paulo e disputa diversos festivais pelo país, representando nosso estado, como fizeram na TV).
Ficaram para trás um curso de medicina, outro de biologia, além de uma carreira de professor universitário de duas das mais importantes Universidades que conhecemos: ULBRA e UFSM. É de deixar qualquer um (muito) surpreso saber que o amor pela música dedicado por esse trio fez com que tudo isso fosse deixado para se dedicar ao que realmente sonhavam.
Os ex-moradores do bairro Itararé (Santa Maria) e ex-estudantes das escolas Olavo Bilac e Rômulo Zanchi estavam em estúdio, sem praticamente nenhum tempo livre, gravando, quando concederam uma entrevista interessantíssima e bem-humorada ao Integrais & Cafeína. Por falar nisso, tive o prazer de receber diretamente do Grupo uma nova música, recém-gravada. O que digo ao grupo é que ficou excepcional, mostrando que valeu a pena cada um dos tantos dias de dedicação praticamente exclusiva.
A entrevista pode ser vista no post abaixo:

Entrevista: Grupo VOZ.

[Integrais & Cafeína]Quando e como foi o início do grupo, ainda aqui no RS? Vocês começaram como as bandas daqui, que tocam nos fins de semana nos pubs de Santa Maria?
[Rodrigo Londero]
O VOZ começou diferente.

Nosso início foi bem underground. A primeira vez que tocamos fora da garagem foi em 1998, num lugar chamado “Cantina Deliciosa”, e era um pagodão. O repertório não era nada cult, incluía “dança da vassoura”, “segura o tchan” e por aí vai.
Passou aquele carnaval e preparamos um repertório diferenciado, com arranjos vocais e acústicos, e fomos pros barzinhos. Tocávamos no Absinto, Maccherone, Itaimbar, shoppings, shows na praça. Sem saber que já existia um grupo dos anos 80 com o mesmo nome, chamávamos “VivaVoz”.
A manha com os vocais nos abriu as portas no Coro de Câmara da UFSM, que era regido pela Zobeida Prestes. Nos “ligamos” no gênio dela, isso de ir a fundo, procurar perceber o que as músicas estavam comunicando, as entrelinhas, as dinâmicas.
Cantamos obras de Bach, Mendelssohn, Debussy, Janequin, Piazzolla, Rachmaninoff, entre outros. Em 1999, nos apresentamos no Chile, Bolívia, Peru, fomos a Machu Picchu, estivemos na Ilha de Urus, no meio do lago Titicaca, visitamos diversos santuários Incas. O Vinicius chegou a cantar na Patagônia. O grupo seguia, e com essas experiências, fomos despertando um lado mais místico.
Em 2002, montamos uma produtora clandestina com um amigo que tinha um equipamento de homestudio. Fissuramos estudando Fruityloops, Samplers, Vsti, fizemos uns 30 jingles, dublagens, trilhas, spots, locuções, e paramos.
Deixamos de lado os jingles, barzinhos, eu e o Gustavo saímos do coral. Houve um período cinzento e o grupo quase se desfez.
Em 2003, nos refugiamos novamente nos violões, tramando os acordes. O som estava diferente. Não sabíamos quais músicas iríamos fazer, mas tínhamos uma noção do que não queríamos. Foi aí que nasceu o VOZ.
A verdade é que eu e o Gustavo tínhamos 10, 12 anos quando começamos a tocar juntos. Nunca houve o papo “vamos montar uma banda”. Éramos nós e mais dois primos meus, o Vinicius entrou um pouco depois. Passamos boa parte da infância tirando música de ouvido, tocando nossa bateria toda feita de lata e papelão, era algo inocente e um tanto quanto nerd.
Nós não tivemos projetos paralelos aqui e ali. É raro encontrar grupos que tocam juntos há muitos anos. Hoje em dia, ninguém se aguenta muito tempo nas bandas - falta amor, persistência, e sobra ego, e, desse jeito, nada evolui.
No meio de 2005, decidimos radicalizar, focar no grupo e pegar a estrada. O VOZ era pra ser um quinteto, mas meus primos acabaram não seguindo conosco.
Preparamos um show autoral, gravamos demos, fizemos um material gráfico. Em Janeiro de 2006, apresentamos nosso show “Renovação, Revolução, Essência” em Santa Maria, no auditório da Cesma, e logo depois nos mudamos pra São Paulo, para começar do zero.

[I&C]Qual a primeira música composta pelo VOZ?
[RL]Dá pra considerar “Mira”, foi a primeira que teve a energia dos três na criação e arranjo.

[I&C]Como foi a chegada do VOZ na nova terra, quando buscavam fazer da música o trabalho de vocês?

[RL]A cidade é gigante e isso assusta um pouco. Nos primeiros dias, ficamos naquela burocracia de alugar apartamento. Com a grana curta, tivemos que optar entre geladeira ou internet rápida. Em duas semanas, já estávamos conectados e correndo atrás.
Chegamos em fevereiro e só em maio estreiamos no Sesc Consolação, após muitas tentativas. São Paulo tem um circuito disputadíssimo, não é fácil entrar, então comemoramos. O primeiro show foi trazendo os outros e a luta segue firme até hoje. Oito meses depois, compramos a geladeira.

[I&C]As dificuldades enfrentadas quando se deixa o interior do RS vão muito além do já clássico “leite-quente-que-dói-os-dente”. Qual foi a principal barreira que o grupo precisou superar ao seguir carreira longe de casa?
[RL]Foi termos que administrar tudo sozinhos no início. Tivemos que superar o fato de não termos um produtor, alguém pensando na parte de venda de shows, um técnico que conhecesse nosso som. Não sabíamos quanto cobrar, nosso mapa de palco e som continha erros, não tínhamos contatos.
Chegamos aqui com equipamentos e instrumentos amadores, sem um local nosso pra ensaiar. Hoje melhorou muito. Há uma batalha, diária e invisível, que é a construção das bases.
Nossa tática pra vencer essas dificuldades foi transformar o carinho que vem dos fãs em pressão pra trabalhar e evoluir. O VOZ não tem aquele tom popularesco apelativo, mas temos muitos fãs. E isso dá uma moral interna.
Há pessoas que viajam de longe pra ver o show. Nossos fãs são um diferencial, é um pessoal muito ligado, sensível, escreve em blogs, manda material pra rádio, participa conosco direto nos festivais. Manda e-mails, críticas, sugestões, sem frescura. Temos que “nos puxar” pra manter o nível com essa gurizada.
Quando a barreira é grande, vem a força de grupo. Isso inclui essa galera toda, essa energia chega somando e não é brincadeira, a gente aprendeu a respeitar e a valorizar muito.

[I&C]É mais do que evidente que o cenário da música no Brasil não é nada fácil, principalmente para quem não se entrega e evita fazer música puramente comercial. Vocês já sentiram vontade de, frente a tal dificuldade, deixar o sonho para trás, voltar para casa e seguir, quem sabe, outra carreira?
[RL]Não, nunca. Mesmo porque até agora só estamos crescendo, e a tendência é melhorar cada vez mais.

[I&C]E, por falar em carreira, a música é a única atividade exercida por vocês?
[RL]Sim, é a única, mas há bastante trabalho pra fazer. Tem a parte bem burocrática, registro de músicas, Ecad, OMB, contratos, escrever partituras. Também estudamos bastante a parte de estúdio, técnicas, o site é desenvolvido por nós mesmos, as imagens, e mais o lado artístico que exige bastante, desenvolvimento de projetos, arranjos, letras e músicas novas. E tem que cuidar das namoradas, isso sim que dá trabalho. (risos)

[I&C]Pelo o que pude constatar ao acompanhar o blog do grupo, “Mira” geralmente era a música escolhida para competir nos festivais pelo país. Vocês a consideram a sua “obra-prima”? Quantos festivais já foram conquistados com ela?
[RL]Não tem isso de obra-prima. “Mira” é uma música que cresceu nos festivais, pegou força. Ela tem um impacto, e a letra fala de uma revolução.

O Michel Freidenson, um dos “tops” pianistas do Brasil, foi jurado no FAMPOP - Festival de Avaré/SP e nos disse : “templários, essa música de vocês nos empurrou contra a parede”. Foi lá que o Clóvis Guerra, radialista e um dos organizadores, nos anunciou como Revelação de 2007 na Música Brasileira. Pra nós soou exagerado na hora, mas considere que já concorreram nesse festival Lenine, Zélia Duncan, Jorge Vercilo, Chico César, entre outros... acho que não havíamos percebido a dimensão do festival. Dá pra sentir o que significa essa conquista, “Mira” nos deu muito mais que prêmios.
“Vento Frio, Alma Quente” e “Girou, Febril” também são campeãs. Ao todo, participamos de 20 Festivais e conquistamos 29 prêmios como Melhor Grupo, Melhor Intérprete, Melhor Arranjo, Melhor Música, Aclamação Popular, entre outros. Com ”Mira” conquistamos 16 troféus até agora.

[I&C]Composição é realmente um forte do VOZ. Que outros artistas foram (e são) influências nessa hora? E o que costumam ouvir na hora do “relax”?
[Vinicius Londero]Milton Nascimento, Zé Ramalho, Guilherme Arantes, Mercedes Sosa, Renato Russo, grupos vocais (14 Bis, Boca Livre, Roupa Nova, Trio Esperança, Os Cariocas, Demônios da Garoa, Take 6), os irmãos Ramil (Kleiton&Kledir e Vitor Ramil), bandas que abrem vocais como Beatles, Queen, Toto... Do samba à música clássica, são muitas as influências.
Nas novas composições estamos trabalhando toques tribais, mesclando tempos em 6/8, bem inspirados nos índios do Pampa, com ritmos da Amazônia e do Nordeste. Além dos sons acústicos, estou testando um disparador de samplers e os guris estão experimentando novas sonoridades com sintetizadores controlados pelos violões.
Ultimamente tenho ouvido no “relax” um CD gospel, “Accapella Hymns”, e músicas gaúchas, como as do César Oliveira e Rogério Mello, Os Fagundes. Um disco bem legal que conhecemos faz pouco tempo é “Satolep Sambatown”, do Vitor Ramil, com o Marcos Suzano. Os guris estão ouvindo bastante Almir Sater e também R&B, John Legend, sons que o Terra Preta passou pra nós.

[I&C]O Brasil inteiro pode conferir o trabalho de vocês na TV, quando participaram do Astros, programa do SBT. Foi uma surpresa para quem já ouvia. Inclusive eu, que não acompanhava o programa, assisti, torci e indiquei aos outros que acompanhassem, sempre repetindo “esses caras são daqui!”. Qual foi o impacto dessa participação na carreira de vocês?
[RL]Participar do Astros foi bom pra nós, gerou bons contatos, movimentação na internet, novos fãs. Em todos os shows e festivais que temos participado pelo Brasil, alguém reconhece: “Grupo Voz!”
Até hoje as pessoas nos param na rua, direto. Marcou.
Na etapa classificatória do programa, os comentários foram os melhores possíveis por parte dos jurados. Já na final, ainda que tenham sido elogiados, não foram ditas mais do que algumas palavras, além do comentário “vazio” vindo do Lobão. Vocês acham que o trabalho de vocês, visivelmente superior a todos os outros apresentados naquela noite, foi pouco valorizado por uma banca que busca um som mais comercial?

Nós fomos bem valorizados, eles respeitaram o grupo.

Na final, o Thomas deu parabéns por não seguirmos modismos, o Miranda ressaltou nossa atitude e a coragem de ir lá, mostrar a cara no horário nobre da TV. O Saccomani falou da nossa competência e deu um conselho, pra gente não se levar tão a sério. E o Lobão - mesmo não sendo o tipo de som que ele mais curte - ficou ali elogiando também.
Não creio que tenha pesado essa questão de “ser ou não ser comercial”, até porque, no tipo de som que a gente faz, temos um excelente mercado pela frente, praticamente sem concorrência. A real é que “Mira” é uma música muito séria e acho que eles buscavam algo bem mais leve.

[I&C]Como eram os bastidores daquela competição? Como se relacionavam com os outros artistas e a produção do programa? Tinha como existir um clima de amizade entre quem buscava o prêmio?
[RL]O clima geral era tranquilo, há aquela fila, a galera vem de longe mesmo. E são muitas fases, alguns candidatos bem preocupados. No dia da final, ficamos na emissora quase o dia todo, entre ensaios, preparação, técnica, figurino, marcação, etc. O pessoal da produção super atencioso, fomos muito bem recebidos. Só com os jurados que nunca conversamos. Nos camarins, tivemos um relacionamento muito bom com os participantes, trocamos idéias com vários deles e também rolou muita música, fizemos uma versão de “Mantran” com o Rodrigo BeatBox. Encontramos os guris do Kiara seguido aqui em Sampa, e com o Terra Preta, nós começamos a compor um projeto juntos, rolou uma afinidade muito boa. Em breve deve sair novidade aí.

[I&C]Por fim, uma pergunta que já fiz algumas vezes, mas que com certeza muitos leitores esperam uma resposta: há alguma previsão de uma apresentação aqui na terra natal de vocês ainda em 2009?
[RL]Não, cara, infelizmente ainda não. Mas estamos muito a fim, vamos ver se conseguimos até o final do ano marcar um show aí no sul.

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Links:

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Sesc Consolação
http://www.sescsp.org.br/sesc/busca/index.cfm?UnidadesDirector=51

Michel Freidenson
http://www.michelfreidenson.com/

Site
http://www.grupovoz.com.br/

Fampop – Festival de Avaré/SP
http://www.fampop.com.br/

Lenine
http://www.lenine.com.br/

Zélia Duncan
http://www2.uol.com.br/zeliaduncan/

Jorge Vercilo
http://www.jorgevercillo.com.br/

Chico César
http://www2.uol.com.br/chicocesar/

Milton Nascimento
http://www2.uol.com.br/miltonnascimento/

Zé ramalho
http://www.zeramalho.com.br/

Guilherme Arantes
http://pt.wikipedia.org/wiki/Guilherme_Arantes

Mercedes Sosa
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mercedes_Sosa

Renato Russo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Renato_Russo

14 Bis
http://www.14bis.com.br/

Boca Livre
http://www.dicionariompb.com.br/verbete.asp?tabela=T_FORM_E&nome=Boca+Livre

Roupa Nova
http://www.roupanova.com.br/

Trio Esperança
http://www.youtube.com/watch?v=VMgCx3Vsp20&feature=related

Os Cariocas
http://www.cliquemusic.com.br/artistas/os-cariocas.asp

Demônios da Garoa
http://www.dicionariompb.com.br/verbete.asp?tabela=T_FORM_E&nome=Dem%F4nios+da+Garoa

Take6
http://www.take6.com/

Kleiton E Kledir
http://kleitonekledir.uol.com.br/

Vitor Ramil
http://www.vitorramil.com.br/

Beatles
http://pt.wikipedia.org/wiki/The_Beatles

Queen
http://pt.wikipedia.org/wiki/Queen

Toto
http://www.toto99.com/

César Oliveira E Rogério Melo
http://www.cesaroliveira.com.br/site/

os Fagundes
http://www.osfagundes.com.br/Home.html

Marcos Suzano
http://pt.wikipedia.org/wiki/Marcos_Suzano

Astros
http://www.youtube.com/watch?v=HXm3Pv1BdT8

Saccomani
http://papolog.virgula.uol.com.br/arnaldosaccomani

Lobão
http://mtv.uol.com.br/lobao/blog

Rodrigo Beat Box
http://www.youtube.com/watch?v=OuGf3sRCDzw

Kiara Rocks
http://www.bandakiara.com/

Terra Preta

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Hoje foi dia...

do alistamento.
O mais curioso foi a pergunta "Tu queres servir?".
Poxa! Como se dessem muita escolha.
Na minha mente, tocava algo tipo ...

"Eu tentei fugir
Não queria me alistar
Eu quero lutar
MAS NÃO COM ESSA FARDA!"
(Ira! - Núcleo Base)

Agora só tenho que perder alguma ou outra aula (se não prova) por conta de uma inspeção, algum juramento vazio, enfim...
Mas eu não consigo deixar de pensar. Pra que a pergunta no início da "entrevista"?

Outro dia eu falo mais sobre o assunto e expresso alguma opinião...

segunda-feira, 13 de abril de 2009

A volta dos Gigantes.

Ontem, ainda em Bento Gonçalves, andava pelo shopping quando avistei uma Roadie Crew com umas caras muito familiares. Mais de perto, pude ver melhor a capa que dizia "ANGRA - Fim do Mistério". Algo me deixou ainda mais surpreso: a presença de Ricardo Confessori na capa, junto ao grupo.
Sem pensar duas vezes, levei a revista comigo. Com um sorriso de orelha a orelha, leio a entrevista que confirmou: o Angra está de volta!

Após quase dois anos longe dos palcos, com problemas de relacionamento entre os integrantes (o que ocasionou a saída do Aquiles) e também com o empresário.
Na entrevista, a banda afirma que a saída de Aquiles Priester foi de decisão unânime, e nem o próprio baterista se mostrou interessado em consinuar com o resto do grupo. Além disso, a banda se tornou o próprio empresário.
Muita coisa também foi dita, inclusive que há possibilidade da venda do nome "Angra" por parte do empresário.
Já o Shaman, segundo Confessori, está dando uma pausa e decisões só serão tomadas mais ao fim do ano.
Agora é esperar a oportunidade de conferir, ao vivo, a volta de uma das maiores bandas da história da música Brasileira. Uma turnê nacional vai ser feita junto com o Sepultura durante esse ano, a qual passará pelas principais capitais brasileiras.

Vale a pena conferir a entrevista completa na Roadie Crew.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

terça-feira, 7 de abril de 2009

Esclarecido, então.

Sim, as duas últimas postagens foram excluídas. Não sei se quem deveria ter lido a última teve a oportunidade, já que ela ficou pouco tempo no ar.
Fiz isso porque minha página não foi feita para bate-papo e também não é beira de rio pra ficar lavando roupa suja.

Como Santiaguense, espero ainda ver minha terra evoluindo e com as pessoas certas guiando esse desenvolvimento. Quero ver responsabilidade e trabalho, não apenas gente questionando.

Se o rapaz quiser continuar a conversa, marcamos algo em um tempo livre e podemos tratar do assunto por horas. Cara a cara ou por algum meio mais dinâmico que comentários e postagens. Mas não esqueça que este mero estudante não é como boa parte do resto. Não me interessam idade, classe ou escolaridade. Sei que não estou abaixo de muita gente que acha que "tem o rei na barriga" nessa cidade.

Fora isso, peço que esses comentários venham acompanhado de sobrenome e, se possível, página pessoal, e-mail ou algo assim. Assim, dá mais credibilidade. Nada dessa coisa de "o observador", "o sabidinho" ou "o cara*** a quatro".

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Um "gancho" do Diogo Brum.

Há pouco, visitei o (interessantíssimo) blog do Diogo Brum e, de cara, me deparei com o post "Leitora é contra o asfaltamento".
Não conheço a leitora, nem vou citar o nome dela aqui. O que venho fazer é comentar as afirmações feitas e, caso ela venha a ler o que escrevi, espero que não me entenda mal.
Ela disse que o asfaltamento das ruas santiaguenses causaria um aumento na temperatura, afetaria a drenagem da água da chuva, além de ser um "convite" para as imprudências no trânsito.

De certa forma, senti que esqueceram que ainda existem engenheiros nesse mundo. Inclusive bons engenheiros. Se falta um em Santiago, vamos à procura de algum.
É pra isso que a engenharia serve: RESOLVER PROBLEMAS. Não precisamos fugir deles.
Com um bom projeto, podemos implantar um sistema de drenagem muito mais eficiente que o já existente. Já que vamos mexer, é a oportunidade de melhorar! Tem gente que é paga pra isso, lembram? Além disso, com a coleta de lixo eficiente e frequente, a principal causa dos alagamentos (no caso de um serviço bem feito, não seria mais o sistema de drenagem), que é o lixo nas ruas, estaria sendo combatida.
Quanto ao calor, não podemos deixar de considerar que as pedras dos calçamentos também são ótimas em absorver calor (como aprendemos nas aulas de físico-química e termo). Enquanto a vegetação estiver estrategicamente presente nas calçadas, esse problema seria reduzido em muitas vezes.
O professor Mário de Miranda, do Departamento de Ciências Atmosféricas da UFPB publicou um estudo a respeito da diferença de temperatura entre ruas asfaltadas e as com os tais paralelepípedos. E olha que PB sabe ser quente.
Nesse estudo, ele mostrou que a média das temperaturas possui uma diferença baixa, de pouco mais que 1°C (35,5°C para calçamento com paralelepípedos e 36,8°C para asfalto). Quando a temperatura, nesse mesmo estudo, foi medida a 1m da superfície, constatou-se que a média das temperaturas era praticamente igual.
Considerando a realidade do RS, os efeitos seriam ainda menores. Além de que poderíamos optar pelo concreto, já muito utilizado nas ruas de Porto Alegre que, por ser bem mais claro, reflete mais ainda os raios solares, tornando o ambiente ainda menos quente. Esse material é ainda melhor que as pedras hoje utilizadas nesse sentido (quem já andou por essas ruas da capital deve ter notado que são mais claras que as outras).
A tecnologia está bem avançada nessa área, basta pesquisar um pouquinho.
Sobre a imprudência, nem há muito o que comentar. Todo mundo já está de saco cheio de ouvir soluções pra isso. Santiago ainda não põe todas em prática, mas não é difícil.
Minha família hoje mora em Bento Gonçalves, onde praticamente todas as ruas são asfaltadas. As lombadas e outras medidas simples dão conta do recado. E isso que o pessoal lá adora um acelerador. Ah! E alguém já ouviu falar em calor insuportável em Bento?
Já os custos com manutenção... Bem! Se os calçamentos de Santiago fossem consertados sempre que necessários, o custo seria ainda mais elevado. O custo fica por conta dos motoristas na hora de comprar um pneu novo, trocar os amortecedores,... Pelo menos com o asfalto, os responsáveis se sentem obrigados a manter tudo em ordem. Não adianta não gastar e deixar tudo uma BOSTA (precisava).

É claro que toda evolução traz consigo algum efeito. Nem por isso vamos deixar de evoluir. Há uma classe de trabalhadores altamente preparada para esse tipo de coisa. Eles se chamam engenheiros.
Contratem um de verdade para o serviço para ver as maravilhas que ainda podem ser feitas nas ruas de Santiago.

domingo, 5 de abril de 2009

Típico GRE-NAL em Santa Maria.

Logo após o apito final, resolvi conferir o efeito do jogo nas ruas de Santa Maria. Como era de se esperar, foi uma vergonha.
Logo depois dos gritos de felicidade, foi a vez da revolta, do vandalismo, enfim...
Primeiro, conferi o movimento no calçadão. Como geralmente acontece, o pessoal lá estava tranquilo, tomando seu chimarrão, colocando o assunto em dia,...
Descendo a Bozano, não precisei chegar ao "Brahma" pra ver um grupo de cerca de 20 "pessoas" com camisetas do Grêmio perseguindo um rapaz com camiseta do Inter. Já pude ter uma idéia do nível da coisa. Deu pra notar que esperar alguma mudança nesse sentindo é besteira por aqui.
Passar na frente da distribuidora de carro? Impossível se alguém desconfiasse que o motorista era colorado. Pedras nos vidros e chutes na lataria tinha aos montes.

Felizmente a ação da PM foi rápida e eficiente.
Já na Presidente as coisas pareciam estar mais calmas (pelo menos quando eu passei por lá), mesmo com o maior número de torcedores.
No caminho entre o Brahma e a Presidente, passaram por mim pelo menos 4 viaturas da polícia e uma ambulância.

Vai ser assim toda vez que acontecer um GRE-NAL? Tantas viaturas desviadas para conter grupos de "torcedores" sem noção e as ambulâncias socorrendo vítimas de agressão por causa de uma partida de futebol que deixou alguns descontentes?

Como diria alguém mais velho (além de mim), é falta de vergonha, ocupação, sexo ou algo assim!
Talvez de uma cueca pra esfregar, uma panela pra passar um assolan ou alguém que ocupe o lugar do Tcheco na cabeça desses moleques.

Futebol também dá o que falar...

Pois é! Pela primeira vez, o futebol apareceu por aqui.
Talvez pelo fato de eu morar na "Cidade Gre-Nal", não podia deixar de fazer meu comentário.
Hoje é dia de ver os barzinhos lotados. Gremistas em uns, colorados em outros. Eu, neutro, acompanho no quarto mesmo.
No último clássico, boa parte do pessoal que acompanha o futebol por aqui, ainda não estava na cidade. Agora estamos com o ano letivo "correndo", ou seja, Santa Maria está "bombando" de torcedores fanáticos pelas ruas.

Agora resta torcer pelo bom senso e que o álcool não transforme torcedores em gladiadores, como os jornais de SM tanto noticiaram no passado.

Ah! E claro, pelo show do Valdomiro, Figueroa,...